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quarta-feira, setembro 17, 2008

ahahahahahahahahahahahahahaha!

"A Reserva Federal norte-americana vai emprestar até 85 mil milhões de dólares à American Internacional Group (AIG) e em troca assume o controlo público de 79,9 por cento do capital da gigante seguradora (...)" [daqui]

É curioso ver que a nacionalização existe nas terras dos nossos amigos (norte-)americanos... acho uma deliciosa ironia, tudo isto!

sábado, setembro 13, 2008

grave assim e grave assado

"Embora José Sócrates se tenha declarado responsável por todos os projectos que assinou na Guarda, uma das questões que a comissão terá de esclarecer é se os elementos disponíveis nos processos camarários confirmam, conforme o PÚBLICO escreveu a 1 de Fevereiro [não foi a 31 de Janeiro?], que esses projectos foram feitos por outras pessoas, entre elas Fernando Caldeira, actual director de departamento na autarquia." [José António Cerejo, "Inquérito às casas de Sócrates arrasta-se" in Público, 13.09.2008, p. 11 - aqui]

O que é mais assustador é que o resultado será sempre negativo para o país. Se forem efectivamente dele, temos um primeiro ministro sem qualquer cultura arquitectónica e urbana a assinar projectos por aí. Se não forem dele, temos um primeiro ministro sem qualquer cultura de cidadania a assinar projectos de outros sem qualquer cultura arquitectónica e urbana a concretizarem projectos por aí.
ISTO é o estado efectivo da voragem capitalista e inculta a que o território do nosso país está sujeito. E, atenção, porque o território apesar de ser na maior parte dos casos um bem privado, pertence sempre - de alguma maneira - à uma esfera do público. Logo, feitas as contas, andam os demasiados ignorante gananciosos a roubar-nos o direito a uma vida do território saudável e feliz. E, também é infelizmente verdade, que os arquitectos estão cada vez mais no interior deste saco de esfomeados.









[por exemplo esta.... foto daqui]

quinta-feira, setembro 04, 2008

nostalgias de um tempo claro

"O arquiteto moderno deve amar sua época, com todas as suas grandes manifestações do espírito humano, como a arte do pintor moderno ou poeta moderno deve conhecer a vida de todas as camadas da sociedade. Tomando por base o material de construção de que dispomos, estudando-o e conhecendo-o como os velhos mestres conheciam sua pedra, não receando exibi-lo no seu melhor aspecto do ponto de vista da estética, fazendo refletir em suas obras as idéias do nosso tempo, a nossa lógica, o arquiteto moderno saberá comunicar à arquitetura um cunho original, cunho nosso, o qual será talvez tão diferente do clássico como este o é do gótico. Abaixo as decorações absurdas e viva a construção lógica, eis a divisa que deve ser adotada pelo arquiteto moderno."

Warchavchik, Gregori. Acerca da arquitetura moderna, 1925 [daqui]

(Publicado no Correio da Manhã, Rio de Janeiro, em 1 de novembro de 1925. Republicado em Depoimentos n.º 1, Centro de Estudos Brasileiros, GFAU, São Paulo, s/d, na Arte em Revista n.º 4 (Arquitetura Nova), São Paulo, em Agosto de 1980, e em Arquitetura Moderna Brasileira: Depoimento de uma Geração (coletânea de textos organizada por Alberto Xavier), ABEA/FVA/PINI – Projeto Hunter Douglas, São Paulo, 1987.)